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Filha diz que morte de general iraniano trará 'dias mais escuros' para EUA e Israel
Internacional
Publicado em 06/01/2020

A filha do general iraniano Qassem Soleimani afirmou nesta segunda-feira (6) que a morte de seu pai "trará dias mais escuros" para os Estados Unidos e Israel. A declaração foi dada diante de uma multidão em Teerã, capital do Irã, durante o funeral do militar que foi assassinado em um ataque de drones americanos em Bagdá (Iraque).

Em seu discurso diante da multidão que se reuniu perto da Universidade de Teerã, Zeinab Soleimani afirmou que o "plano maligno” do presidente americano, Donald Trump, de causar separação entre o Iraque e o Irã, falhou.

"Este crime hediondo cometido pelos americanos expressa o espírito criminoso que abrange todos os derramamentos de sangue, especialmente na terra da Palestina", afirmou.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, liderou a homenagem ao general que comandava a Força Quds, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana com atuação no exterior.

Carregando cartazes com o retrato de Soleimani, pessoas se reuniram nos arredores da Universidade da capital iraniana, onde Khamenei faz orações pelo general que comandava a Força Quds, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana com atuação no exterior.

Homenagens

As homenagens ao general começaram no sábado (4) ainda no Iraque. Depois de sair de Bagdá, o corpo passou pelas cidades de Karbala e Najaf, consideradas sagradas pelos muçulmanos xiitas.

No domingo (5), o corpo seguiu para o Irã e milhares de pessoas participaram do funeral, que começou na cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irã. De lá, o corpo de Suleimani seguiu para Mashhad, no nordeste do país. Na terça (7), o cortejo chegará a Kerman, cidade natal do general, onde será realizado o sepultamento.

Ataque e a escalada da tensão

O general Qasem Soleimani e sua comitiva foram alvos de um ataque com drones perto do aeroporto de Bagdá, no Iraque, na quinta-feira (2).

Soleimani, de 62 anos, comandava a Força Quds, uma unidade de elite da Guarda Revolucionária Iraniana com atuação no exterior e era considerado o segundo homem mais poderoso do Irã, abaixo apenas do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Os Estados Unidos, que classificam Quds como uma força terrorista, acusaram Soleimani de estar "ativamente desenvolvendo planos para atacar diplomatas americanos e membros do serviço no Iraque e em toda a região".

Soleimani era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do país.

O Irã prometeu se vingar da morte de Souleimani e, em resposta, Trump disse que atacará 52 alvos iranianos caso os norte-americanos sejam alvo de alguma ação iraniana.

G1 com Agencias

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